O Brasil todo se comove com a situação do brasileiro Marco Archer Cardoso, que foi condenado à morte na Indonésia por tráfico internacional de drogas. Em 2004, ele foi preso pelas autoridades daquele país ao tentar entrar com 15 quilos de cocaína nos tubos de uma asa delta. Apesar da comoção do povo brasileiro, é difícil condenar a atitude do governo daquele país, uma vez que isso envolve questões culturais e de soberania nacional. Nós brasileiros já crescemos com os exemplos de impunidade em nosso país - que também e conhecido internacionalmente como o país da libertinagem - visto que aqui se pode tudo, e poucas vezes é feita a justiça. Como exemplo doméstico, temos o caso do serial killer de Goiânia, Tiago Henrique Gomes da Rocha, que confessou o assassinato de mais de 39 pessoas (na maioria mulheres) e ainda assim seus defensores alegaram insanidade mental, o que o livraria de uma pena mais dura. Há ainda casos de estrangeiros que vem para nosso país sabendo que aqui estão livres de qualquer punição: em 2009 o Brasil se recusou a aceitar o pedido de extradição do governo da Itália do ex-terrorista Cesare Battisti que, de acordo com a decisão do STF, o italiano cometeu crimes políticos, tendo, portanto, direito a refúgio em nosso país. E há outros inúmeros casos de impunidade: corrupção na política, homicídios, tráfico de drogas, espancamento e morte de mulheres e crianças, dentre tantos outros cujo espaço é pequeno para enumerarmos. Fica como lição para nós brasileiros que cada lugar no mundo tem suas leis e suas tradições, que alguns crimes ou deslizes - que por aqui costumam passar despercebidos - em outros lugares são considerados faltas graves, algumas vezes punidos com a pena de morte. E cabe ainda uma reflexão: esses países são rigorosos demais ou o nosso que é permissivo além da conta?
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